"Da Crueldade Religiosa" é uma obra escrita por Paul-Henri Thiry, Barão de Holbach, filósofo iluminista francês. Publicado em 1760, o livro faz uma crítica profunda à religião, principalmente à maneira como ela tem sido usada para justificar a crueldade e a opressão ao longo da história.
Holbach argumenta que a religião, ao invés de promover a moralidade e o bem-estar humano, tem sido uma força de tirania, perpetuando práticas cruéis como as guerras religiosas, a repressão intelectual e as punições implacáveis. Através de um raciocínio lógico e provocador, ele desafia as crenças religiosas e defende uma visão naturalista do mundo, em que a razão e a ciência são as bases para a compreensão do universo e da moralidade.
O autor também denuncia como as instituições religiosas manipulam as massas, alimentando o medo do desconhecido e impondo dogmas rígidos que limitam a liberdade de pensamento. Holbach, como ateu convicto, propõe um mundo onde a moralidade não dependa da fé, mas sim de um entendimento racional da natureza humana e das suas necessidades.
O livro é uma peça importante dentro do movimento do Iluminismo, defendendo a liberdade de pensamento e a secularização das sociedades, ao mesmo tempo em que critica ferozmente a hipocrisia religiosa.