Esta é a história de um homem, é um romance (segundo a teoria literária, obra com mais de vinte e cinco capítulos, ou seja, maior que a novela, com mais ações e maior fôlego), ou melhor, são Memórias; não têm a beleza das Memórias póstumas..., obra modelar de Machado de Assis ou dos Contos eróticos do Marquês de Sade, nem as belezas das Memórias da Rua do Ouvidor, como registrou Macedo ou as Memórias de Adriano, Imperador romano, contadas pelo elegante estilo da escritora belga Marguerite Yourcenar, mas; insisto, são Memórias; curtas e comportadas; passadas ao contista (a voz do texto), e pululam há muito na cachola deste, isto é, na mente, na cabeça, na alma; lutam, relutam, resistem em saltar para o papel. Augusto de Sênior. (Amauri Carius Ferreira)