Nos últimos anos, intensificou-se muito o número dos debates a respeito da qualidade da educação oferecida nas escolas públicas brasileiras. A principal problemática destacada pelos discursos em torno do assunto é o baixo desempenho dos alunos em testes de aptidões básicas, como leitura, escrita e noções de cálculo. Além disso, outros fatores, como a falta de formação adequada para os professores, os baixos salários e as condições estruturais precárias nas escolas, também são apontados, ainda que de forma menos expressiva, como algumas das causas da ausente ou insuficiente qualidade almejada na rede de ensino básico do país. Diante desse cenário, especialmente no campo das políticas públicas, são implementadas ações que buscam a melhoria na qualidade da educação ou a conquista de uma educação de qualidade para o sistema de educação brasileiro. Nesse contexto, é preciso questionar a qualidade da educação ou a educação de qualidade enquanto significantes presentes em vários discursos, porém, com significados diversos. Educação de qualidade, na visão do gestor, tem o mesmo significado para o professor? Para o aluno? Para os pais dos alunos? Ou para os legisladores de políticas públicas?