A organização deste livro é um gesto rumo a este desafio: compreender como o modelo de realização cultural do imperialismo americano se tornou a metonímia da própria cultura planetária atual e, assim, fornecer subsídios críticos para analisar o estado atual da teoria e da produção culturais predominantes dentro e fora da Universidade, no contemporâneo, além de observar e evidenciar como a caça às bruxas do nacionalismo e do marxismo revolucionários, de base anti-imperialista, concebida como o lugar do rigor, tem sido, na verdade, a extrema traição ao rigor que realmente importa: o do pensamento e da criação comprometidos com o fim da barbárie coletiva burguesa, de onde seja possível falar em rigor da práxis e da práxis do rigor com um mesmo movimento rumo à justiça dos e nos povos, quando não submetidos por soberanos, por oligarquias, por imperialismos.