Os hábitos da boa culinária parecem ter origem com o próprio aparecimento do Homem. Cada descoberta antropológica vem acompanhada de alguma manifestação ligada aos usos e costumes religiosos e culinários, na medida em que estes eram importantes no dia a dia das pessoas, que cuidavam, como cuidamos hoje, do espírito e do corpo. Referências a utensílios domésticos da cozinha, aos alimentos, às atividades agro-pastoris são encontradas com freqüência. Segundo seu grau de desenvolvimento, os diversos povos deixaram marcadas suas experiências e descobertas em muitas áreas da cultura. Desde o início da história conhecida da humanidade, têm-se informações registradas da permanente curiosidade para com as artes da culinária e da fabricação de bebidas alcoólicas. O prazer obtido com os sentidos do gosto e do olfato é bastante primário no gênero humano. Não há nenhum povo sobre a Terra que não possua, de alguma forma, tradições ligadas com a gastronomia. Desde as mais tradicionais e desenvolvidas sociedades da Europa e Ásia, até nos mais simples grupamentos tribais indígenas, encontram-se usos e costumes ligados à culinária. Os vinhos estão mais ligados à cultura ocidental judaico-cristã. Dos cinco sentidos, praticamente quatro deles estão envolvidos com a arte de se saborear um prato e de se degustar uma bebida. A visão, o olfato, o gosto e o tato (textura apurada na boca) são acionados quando se apreciam bons pratos e bons vinhos. Não é à toa que, em praticamente todo o mundo, a ciência da culinária e vitivinicultura está cada vez mais popular, expandindo-se de maneira extraordinária.