Passados sessenta anos de sua revolução, Cuba permanece um tema polêmico, mesmo com sua pouca relevância no cenário geopolítico atual, por ainda ser um estandarte ideológico ostentado por uns e combatido por outros.
A experiência cubana causa reações variadas. Por um lado, se a ideia de um sistema com educação e saúde inclusivas, gratuitas e de qualidade é sedutora, por outro, a carência material e a repressão às opiniões divergentes causam aversão. Mas tal confronto não oferece a maior dificuldade racional, embora não seja pequeno o dilema que propõe. Resta uma questão ainda mais sutil: o sistema cubano é defensável dentro das condições dadas? Em qual medida o embargo é responsável pelas penúrias materiais de seu povo e quanto serve de muleta para as ineficiências do regime em lidar com todo o leque de necessidades de seus cidadãos? Além disso, como lidar com novas gerações, para quem a luta contra a ditadura de Batista não é nada mais que matéria escolar, que ambicionam progresso econômico e realização de sonhos, fúteis ou não?
O que temos aqui é o relato de uma viagem, de alguém que sempre buscou uma saída digna para a humanidade.
Em seus livros de ficção cientifica (Akanis, Aztlán e Akahin) o autor deixa claro sua busca por um mundo justo, onde chega a propor o fim dos EUA.
Antonio Sonsin tem 25 livros publicados, em parte deles, a temática socialista é salientada. República Socialista do Paraguay, um romance baseado na Guerra da Tríplice Aliança, o Paraguai de Frância é colocado como o primeiro país socialista do mundo. Em Terra do Amanhã, a revolução ocorre no sertão da Bahia. Em 1918, relatos da primeira Guerra Mundial, ele passeia na filosofia de Rodolfo Mandolfo, através das cartas reais de Antonio e Cassilda, da cidade de Senigália.
Ele escreveu ainda, Hollywood, que destrói o sonho americano, usando a biografia de Olympio Guilherme, convocado para substituir Valentino."