Quanto debate há sobre a crucificação de Cristo! Ele foi fixado numa cruz ou numa estaca de tortura? Ele morreu porque decidiu abandonar seu corpo ou em razão de um golpe de misericórdia? E o que dizer a respeito da própria cruz? Ela é um símbolo cristão ou uma imagem pagã? O presente trabalho tem o propósito de contribuir para a elucidação dessas questões.
Com o auxílio de dicionários e livros de antigos escritores gregos e latinos, da arqueologia, bem como de várias Bíblias dos primeiros cristãos, será demonstrada a impossibilidade de se afirmar categoricamente em que tipo de instrumento Cristo foi executado. O próprio texto bíblico é contraditório uma vez que Cristo pode ter sido estaqueado ou empalado.
De outro lado, com o apoio da arqueologia e das teologias egípcia, grega e babilônica, será revelado que aquilo que hoje chamamos de 'cruz' não é senão o mais antigo objeto de feitiçaria, a figura representativa do Deus pagão, e a imagem que traduz a dominação de um homem sobre outro homem. Aliás, a cruz do Cristo da Igreja é mais um dentre os vários elementos que comprovam o fato de que a Religião Antiga foi absorvida pelo Cristianismo.