O livro escrito por Jodeyson Islony de Lima Sobrinho, resultado da sua pesquisa de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, apresenta importantes análises sobre a relação entre a crise do capital, o avanço do conservadorismo e a "captura" da subjetividade profissional no Serviço Social brasileiro. Diante do recrudescimento do ultraconservadorismo e do ultraneoliberalismo, o autor investiga como esses elementos impactam a cultura crítica do Serviço Social, criando obstáculos à interpretação, incorporação e materialização do projeto ético-político profissional, ao mesmo tempo em que acentuam a precarização do trabalho e a adesão passiva a diretrizes institucionais e governamentais.
Em tempos de crise sanitária e pandêmica, ofensivas reacionárias, disputas ideológicas, intensificação da exploração do trabalho e novas expressões do conservadorismo no Brasil e no mundo, essa obra é fundamental, ao problematizar sobre a complexidade do trabalho dos e das assistentes sociais, analisando as tensões entre teoria e prática, as disputas de hegemonia no interior da profissão e os desafios à resistência crítica e política desta categoria. Com uma abordagem rigorosa e embasada na teoria social crítica, o autor contribui para a instrumentalização da profissão na defesa de estratégias que fortaleçam a cultura crítica e reafirmem seu compromisso com a emancipação humana. É uma leitura fundamental!