Através de uma proposta pelo olhar da decolonialidade e dos saberes ocidentais na margem do mundo, esta obra se propõe a analisar e discutir a formação da figura do "outro" criminalizável, inimigos, dentro da estrutura social brasileira. A obra de Nina Rodrigues é utilizada como pano de fundo marcador dessas justificativas para a diferenciação entre as raças humanas. Ao partir-se da perspectiva decolonial, é possível compreender os fatores determinantes desde a invasão dos povos europeus na América como ponto marcador das diferenciações entre os indivíduos. No Brasil, após a escravidão, visando a manutenção dos privilégios das elites locais, houve a necessidade de manter tais estruturas. O autor foi uma das figuras marcantes na sua época. Enquanto isso, por fim, mais de um século depois, analisa-se o quanto de criminologia positivista ainda permeia as estruturas sociais e políticas do país e quais possíveis caminhos podemos pensar enquanto nação.