Se crescer é morrer devagarzinho, como afirma a autora, ler suas crônicas é festejar a vida, pois seu livro é um primor de histórias bem contadas, com movimentos de linguagem que nos mostram fatos passados, pessoas ausentes, amores findados, e, ainda assim, ditos em sua ausência. Esse morrer devagarzinho atinge todos nós e, principalmente, atinge a autora - ela não se furta de suas dores, seus temores. Não tenta nos enganar, falando dos outros, poupando-se, esquivando-se, ao contrário, fala de si, relembrando a lição de montaigne: eu sou a matéria do meu próprio texto. Sem essa verdade, sem falar de si, o leitor não vislumbraria veracidade nem paixão no que lê,"Magali Lopes Endruweit