Um livro fundamental para encaramos de frente o medo e angústia que estados como o Rio de Janeiro e São Paulo estão vivendo recentemente, com as autoridades públicas tentando agir mais ativamente e toda a sociedade, apreensiva, acompanhando. Andréa Dias mostra que a questão das drogas em geral e do crack em particular é infinitamente mais complexa em termos históricos e sociopolíticos do que se tem feito ver pela divulgação em torno do problema. Perguntas fundamentais são colocadas em cena: será que o chavão "o crack mata" é simplesmente verdadeiro? Por que, em uma sociedade consumista e voltada para a felicidade plastificada, as drogas atraem tanto? Quem é o usuário de drogas? E, afinal, o que é isso que chamamos de "droga"?