Os dispositivos comunicacionais oferecem uma multiplicidade de convocações e de receitas para guiar os usuários no mundo do consumo, cujo combustível não é somente mercadoria em sua materialidade, mas a própria vida. Esses programas biopolíticos dos dispositivos comunicacionais tomam as potências da vida como capital cultural para promoção dos eus que buscam gozo. Os agentes convocadores indicam, para os consumidores, modos para conseguir o a-mais rumo ao sucesso nesse mundo dito "flexível". Colocam-se como especialistas que sabem como cada um pode bombar a própria vida. É em tal perspectiva que este livro nos propõe pensar uma política que enfrente a economia culturalista que provoca e convoca o sensível dos corpos, a partir da discussão dos contratos comunicacionais da mídia semanal, das revistas femininas, do cinema e de reality shows.