O embaixador Rubens Barbosa, com quem o autor trabalhou em diversas ocasiões, ao longo de quase três décadas de carreira diplomática, chamou-o certa vez de accident-prone diplomat, ou seja, um diplomata criador de casos. Ele confessa aceitar a designação com prazer, pois nunca hesitou em expressar abertamente suas opiniões, sem muito respeito pelos sacrossantos princípios da hierarquia e da disciplina. Costuma dizer que nunca deixou o cérebro em casa quando saia para o trabalho, nem nunca o depositou na portaria ao adentrar no Itamaraty. Sempre expressou suas posturas e opiniões, independentemente dos regimes e dos governos. Por isso mesmo, pagou um alto preço durante os quase 14 anos de desgoverno lulopetista no país e volta a enfrentar problemas similares ao iniciar-se um novo governo, em 2019.