O adolescente hesitante, o ancião zeloso, o sertanejo desprezado, o anjo aprendiz, o trabalhador resiliente, o cronista em situação de rua, quando uma criança enxerga o mundo, os erros do futuro que nos remetem aos primórdios da ignorância humana, a lição de uma enchente, a prosa infame, a cegueira do oprimido, a desgraça de um vassalo, a intolerância dos ouvidos, a saudade de um natal que nunca chegou...Sim eu vivi para contar essas estórias, no começo para mim mesmo, agora, para quem se interessar. Percebi que em tudo que eu contava havia um porquê. E em cada porquê, brotavam mais e mais ideias que precisavam apenas do tempo, folha de papel e caneta para existir, até formar esses jardins suspensos de palavras onde eu amo me perder.