As agências de controle, entendidas pela Análise do Comporta mento como qualquer instituição, órgão público ou organização que conduza, de variadas maneiras, algum processo de modulação das ações dos indivíduos no contexto de suas relações sociais, constituem-se como centros mediadores das regras sociais que tipificam cada qual das sociedades humanas existentes. De muitas maneiras e por muitas disciplinas já se fizeram análises das relações sociais em face dos tipos de controle exercidos por diferentes governos. Mais raras têm se apresentado na literatura as reflexões sobre procedimentos de controle social exercidos no âmbito de políticas públicas, sejam de governo ou de estado, sob o viés do comportamentalismo radical. Esta nova obra se propõe a formular o conceito de contingencialismo, apoiado na noção de contingência de três termos de B. F. Skinner, com o objetivo de disponibilizar um instrumento concreto habilitado a subsidiar a formulação, aplicação e modulação de políticas públicas no âmbito de sociedades majoritariamente democráticas. Para tanto, o autor esmiuça a noção de análise do comportamento como estudo das relações entre o que os organismos vivos – especialmente os humanos – fazem e as consequências que seu fazer recebe do ambiente nesse processo interativo. O cenário das reflexões apresentadas implica um exame detido das agências de controle e crê irrenunciável um estreito compromisso ético das políticas públicas com a constituição e consolidação de sociedades justas e solidárias