Brasil e Argentina vivem um clima de forte tensão. O comando militar brasileiro desconfia que os argentinos estão enriquecendo urânio com fins militares em um laboratório nas imediações de Bariloche. Para investigar as suspeitas, o coronel Antônio Schmidt, engenheiro eletrônico com especialização em energia nuclear, é enviado ao país vizinho em missão secreta de espionagem. Sob o disfarce do professor universitário Antônio Gomes, o coronel Schmidt deve se infiltrar em território argentino e levantar o máximo de informações acerca do programa nuclear em andamento. As conclusões são contundentes: é praticamente certo que está em curso o processo de desenvolvimento de uma bomba atômica. E mais: o artefato provavelmente será detonado em um teste no extremo sul do continente americano, na Patagônia, na região conhecida como Fim do Mundo. O impasse diplomático, além da iminente crise militar entre os dois países, são os elementos que Saïd Farhat combina com maestria para compor a trama deste romance. Ex-ministro e jornalista, Farhat sabe como poucos como as decisões são tomadas no nível mais alto do poder — o da presidência da República. É exatamente aí que reside a força de envolvimento de Conspiração no Fim do Mundo. O resultado é uma história vibrante, instigante e cheia de suspense.