Este livro é parte de uma série na qual irei analisar as deliberações tomadas nas convenções da Congregação Cristã. Minhas reflexões sobre a CCB não tem o intuito de acusa-la como seita, nem também de divulga-la como a igreja verdadeira. Minhas convicções são pautadas na crença que a Bíblia é a palavra de Deus e que nela encontramos os fundamentos, paredes e cobertura da nossa religião. Outra convicção que tenho é que toda instituição é humana, com falhas, defeitos e compostas por homens pecadores. Se o próprio Jesus ao formar pessoalmente um grupo pequeno de doze homens escolhidos a dedo, ainda assim havia entre eles invejoso, traidor, ladrão, mentiroso etc. Quanto mais em outras comunidades de servos de Deus. Em minhas observações sobre as decisões da CCB, muitas vezes irei tecer caudalosos elogios as suas posturas éticas e doutrinárias. Por outro lado irei fazer ácidas críticas àquilo que considero estar errado.Por mais que eu tenha severas críticas a CCB, por outro lado, enxergo que ela é uma das poucas instituições de grande porte no Brasil e no mundo que ainda procura manter a doutrina moral nos padrões bíblicos. O que chamo de doutrina moral, os cristãos mundanos chamam de usos e costumes. Todavia, a Bíblia diz que não devemos seguir os costumes das nações. Além da parte moral, a CCB também valoriza a caridade e o amor ao próximo. Outra grande virtude da CCB é que ela não é um “pela porco” como ocorre em muitos movimentos pentecostais, onde a exploração financeira é visível. A CCB não visa lucros, isso é incontestável, muito menos serve para enriquecer seus líderes.A minha crítica a CCB se traduz em uma frase usada repetidas vezes: “Se dependesse da CCB o mundo não teria sequer inventado a roda.” A postura da CCB contra o estudo e ensino bíblico, a qual os anciões chamam de “estudo material” é uma aberração. Suas normas rígidas de liturgias sem permitir que outros instrumentos musicais sejam tocados além dos tradicionais da CCB, tornam seus cultos monótonos. A excessiva atmosfera mística, principalmente no instante da pregação, na qual o ancião lê um texto um tanto aleatório das Escrituras sem elaborar um sermão, torna suas mensagens pobres de conteúdo informativo e tenta transparecer que é Deus falando pelo pregador. Nem sempre é Deus falando, como quer fazer supor a CCB.Entre os acertos e erros da CCB, tenho que admitir que os acertos são maiores do que os erros. Recomendo que seus membros permaneçam na CCB, não escrevi este livro visando criar uma revolução ou uma rebeldia interna contra os erros. Ainda acho que o cristianismo está dentro de nós, uma busca pessoal de cada criatura pelo Pai. O local onde congregamos e a instituição que pertencemos significa muito pouco. Cada um deve ter o seu compromisso pessoal com Deus. Reitero que não há igreja “certa”, cada um deve procurar servir a Deus cada vez melhor.A CCB ainda é uma das melhores instituições porque foca no que está escrito em Tiago 1.27: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.”