Afinal, como enfrentar os problemas diários das diferenças familiares nas empresas?
Esse é um grande desafio. Seguramente, os conflitos são parte essencial da vida de qualquer pessoa, sejam familiares ou não. Não há ambientes humanos sem conflitos e sem diferenças. Não existem relacionamentos sem confrontos. Não somos feitos de perfeições. Os conflitos destrutivos não só nos limitam em fronteiras estreitas como também dominam nossos sentimentos, e nos casos de extensão desses embates para o ambiente das empresas familiares eles podem promover comprometimentos nos destinos da própria organização. As relações humanas também nunca serão exatas e sem incômodos. Compreender essa imposição é um ato de coragem para admitir que cada um de nós é inteiramente incompleto, imperfeito, seja por suas esquisitices, limitações, defeitos, carências e dilemas pessoais. Cada um é diferente em suas complexidades. Isso é o que nos torna tão originais.
Aceitar que as diferenças, as crenças pessoais de cada um, as vulnerabilidades e limitações de cada membro familiar são um passo fundamental para pacificar o ambiente da família. As diferenças pessoais dos familiares não podem ser impeditivas para a unidade de qualquer família e para a vida da instituição empresarial familiar. Diferença não pode ser sinônimo de conflito. Construir a certeza de pertencimento da entidade familiar, do acolhimento, da importância de cada um, com seu papel e suas atribuições também na família, é uma imperiosa necessidade para assegurar a durabilidade da empresa familiar e da estabilidade da própria família.