Concupiscência é quase um tríptico onde as histórias se amarram pelo fio da mesma insatisfação; a de um jovem que se entrega aos anseios do corpo, quando, no âmago de si mesmo, sua busca talvez transcenda as fronteiras da experiência possível. Do adolescente narcisista e deslumbrado, ao jovem adulto cônscio de seu poder de atração e um tanto prepotente, o personagem, curiosamente sem nome, cria um clima de sensualidade que o moralismo ou os conceitos vigentes não inibem. Marilena Vellozo Soneghet Bergmann, Escritora, membro da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras.