A importância da conciliação política sempre foi discutida e esteve presente no Brasil. Depois de proclamada a independência, o país viveu um primeiro reinado conturbado e, no período regencial, foi abalado por novas disputas políticas e uma série de revoltas provinciais. A elite política brasileira temia que toda essa instabilidade levasse o Império à desagregação, assim como aconteceu com a América hispânica. O interesse em promover uma ampla conciliação política, que amainasse a crise e consolidasse o Estado imperial, tornou-se uma constante nas décadas seguintes, chegando até ao ministério chamado justamente de Gabinete da Conciliação (1853-1856).