Como muitos afirmam, "nem tudo o que reluz é ouro...", todavia, para certas pessoas, esse antigo chavão popular passa desacreditado; são tão convictas de seus sonhos, creem tanto, que, por mais impossíveis, culminam se transformando em ouro do mais puro quilate, como acontece nessa história. História de Beatriz, que se desenrola no início da década de sessenta, nos chamados "Anos dourados", auge do rock e das grandes orquestras; época forrada por romantismo que levava os jovens a serem envolvidos por sonhos e fantasias despertando paixões. E pra paixão não tem explicação, quando se manifesta é impossível evitá-la, – nem que se queira, e foi o que aconteceu com Beatriz; uma jovem bonita, charmosa, elegante, de fino trato, filha de gente abastada, – da alta sociedade, que, com seus dezesseis pra dezessete, nunca havia namorado. Moça cuja beleza se destacava e não lhe faltavam olhares esperançosos de pretendentes, mas ela não dava confiança pela simples razão de, até então, ninguém lhe despertar interesse. Porém, quando menos espera, num belo dia, caiu arrebatada pelo simples olhar de um rapaz, apaixonando-se à primeira vista. Mas, por ironia do destino, o rapaz era um pobretão de origem humilde, e por isso, claro, seus pais não lhe deram permissão pra namorar... Entretanto, nem menos a mágoa e a desilusão que isso lhe provocava, foi suficiente para destruir seu sonho; enamorada e cativada, não desistiu passando a namorá-lo às escondidas, sempre com a esperança de que seus pais o aceitassem. E isso foi por bom tempo... O fato de ter sido rejeitado, e por ser também um apaixonado, precipitou no rapaz o forte desejo de ser alguém, – ter posse – pra nunca mais ser humilhado. Com isso, se empenhou de corpo e alma aos negócios. Nesse empenho e dedicação algo extraordinário, inexplicável, como sendo do destino, aconteceu: grandes oportunidades apareciam da noite para o dia, fazendo-o em curto espaço de tempo, possuir um patrimônio pessoal invejável. Daí em diante, todos os sonhos, fantasias e castelos de ilusões de Beatriz, como se fora num conto de fadas, se tornaram realidade...