Categorias Ver Todas >

Audiolivros Ver Todos >

E-books Ver Todos >

Coisas simples do cotidiano

Coisas simples do cotidiano

Sinopse

Nas dezessete crônicas deste livro, que são acompanhadas pelas belas ilustrações de Soud, o mestre do gênero Rubem Braga pinta cenas e episódios comuns, incorporando neles sua percepção franca e singela do que realmente importa - ou deveria importar - na vida. Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano para amarrar no pescoço. A vida bem que poderia ser mais simples. O escritor não deixa os sonhos de lado, pois sabe que são eles que movem o mundo. No entanto, não é a busca sem freio por conquistas grandiosas, um carro novo ou uma viagem exótica o caminho a ser trilhado. O cronista aponta, com sua peculiar sutileza, para as riquezas que podem trazer um sentido autêntico para o nosso dia a dia, como a satisfação por receber em casa um casal de amigos ou desfrutar a beleza de uma planta. Ainda que os novos tempos exijam respostas rápidas a todo instante, é sem pressa que Braga nos conduz com seu olhar magistralmente humano pela descoberta do que pode ser especialmente marcante em nossa existência.

Autor

Nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, ES, em 1913. Ainda estudante, iniciou-se no jornalismo fazendo uma crônica diária no jornal Diário da Tarde. Como repórter, trabalhou na cobertura da Revolução Constitucionalista de 1932 para os Diários Associados. Mesmo depois de formado em Direito, continuou com o jornalismo, escrevendo crônicas para O Jornal. Mudou-se para Recife, PE, e passou a escrever para o Diário de Pernambuco. Fundou, no Rio, o jornal Folha do Povo, tomando partido da ANL (Aliança Nacional Libertadora). Em 1936, lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho. Em 1938, fundou, junto com Samuel Wainer e Azevedo Amaral, a revista Diretrizes. Foi correspondente de guerra na Europa durante a Segunda Guerra Mundial pelo Diário Carioca, tendo tomado parte da campanha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Itália, em 1945. No período de 1961 a 1963, foi embaixador do Brasil no Marrocos. Em 1960, publicou Ai de Ti Copacabana, seguindo-se A Traição das Elegantes (1967), Recado de Primavera (1984) e As Boas Coisas da Vida (1988), entre outros livros. Escreveu crônicas para os jornais Folha da Tarde, Folha da Manhã e Folha de S. Paulo entre 1946 e 1961 e colaborou, nos anos 1980, com o caderno cultural Folhetim, da Folha de S. Paulo. Morreu no Rio de Janeiro, em 1990, deixando mais de 15 mil crônicas escritas em mais de 62 anos de jornalismo. Pela Global Editora publicou Melhores Contos Rubem Braga, com seleção e prefácio de Davi Arrigucci Jr.; e assinou a seleção e o prefácio de Melhores Poemas Casimiro de Abreu.