Roy Rosenzweig, historiador que sempre fugiu do convencional, foi um pioneiro da internet. Faleceu, ainda jovem, em 2007; no entanto, continua a nos ensinar por meio de sua obra, que transmite sua paixão pela reconstrução das experiências de homens e mulheres comuns, por uma prática mais democrática da história.
Nestes ensaios visionários, que abrangem o período de 1994 a 2006, o autor mapeia o impacto das novas mídias no ensino, na pesquisa, na preservação, na apresentação e na compreensão da história. Movimentando-se entre os "ciberentusiastas", que defendem os avanços tecnológicos, e os "céticos digitais", que temem o fim da erudição humanística tradicional, ele revê as práticas dos historiadores acadêmicos e os ritos profissionais, ao mesmo tempo que analisa e defende as conquistas dos historiadores amadores.
Rosenzweig não só aborda os perigos de "fazer história" on-line, mas também identifica as promessas do trabalho digital, detalhando estratégias para buscas em fontes primárias e secundárias, o aumento das oportunidades de diálogo e debate e, acima de tudo, o acesso sem precedentes proporcionado pela internet. Embora celebre as influências democratizantes da história digital, Rosenzweig também argumenta que só podemos garantir o futuro do passado na era digital se resistirmos ativamente aos esforços das corporações de controlar a web e lucrar com ela.