Na sua Carta, Clemente nunca fala na primeira pessoa nem se menciona a si mesmo. Quem envia a carta é a “Igreja de Deus peregrina em Roma”. Quando se refere a si mesmo, utiliza o pronome plural “nós”. Não obstante, a obra foi composta, sem dúvida alguma, por uma só pessoa, pelo que se pode comprovar através da unidade de estilo e pensamento que nela transparece. Pelo que se pode concluir da análise do seu estilo, o autor parece ser de origem judaica, devido às citações frequentes que faz do AT e teve em conta que a sua mensagem teria uma repercussão mais pública que privada. Daí que a Carta esteja muito elaborada e adornada com bastantes figuras retóricas. (4)