Ao contrário do que o título poderia sugerir, este livro não pretende ser um manual de filosofia política em que, de maneira diacrônica, os autores são contemplados partindo dos clássicos até chegar aos contemporâneos. Clássicos e contemporâneos estão aqui imbricados porque dirigem ao tempo presente um olhar investigativo, porque exercitam a curiosidade filosófica e dão vazão ao desejo de entender o que é atual. E exatamente porque atualiza o ímpeto filosófico é que um autor pode ser clássico e/ou contemporâneo. Como vemos nos textos que integram este livro, é a necessidade de refletir sobre os problemas políticos atuais que obriga os autores dos capítulos a convocar clássicos e contemporâneos: a biopolítica, a guerra, as formas de dominação, a democracia, a subjetividade política, etc. As respostas que ensaiam são, elas mesmas, um exercício filosófico e, como tal, não pretendem ser verdadeiras ou falsas; antes, reivindicam o inacabamento da reflexão filosófica e não escondem a satisfação de estar em boa companhia.