MANHÃ
Araras rasgam
a seda do sol
A velocidade
como o pouso
são vísceras
Uma face
é outra
esquivas
Manhã de um dia
na memória
do sempre
até a lira
Os cantos
se enrolam nas nuvens
empurrando
o silêncio vasto
profundo ignorado
Manhã acorda
os olhos das pedras
o surdo das matas
os cadáveres para a festa