A violência contra a mulher nunca esteve tão em evidência como nos últimos tempos, tamanha sua ocorrência. Diariamente os noticiários brasileiros são tomados pelas mais variadas formas de crimes de ódio contra as mulheres. Esse fato é um problema social em descontrole no Estado-Sociedade, que precisa, sobretudo, reconhecer suas raízes fincadas no patriarcado e enfrentar a violência a partir da mudança de sua cultura machista. Por que centenas de mulheres são mortas diariamente? Por que o homem acredita ter o poder sobre o destino de uma mulher, a ponto de decidir matá-la? Nesse cenário, esta obra se propôs a analisar cientificamente a cidadania doméstica, debruçando-se em um estudo profundo acerca da historicidade da construção da identidade feminina em uma sociedade patriarcal e capitalista, a partir da análise dos papéis sociais de gênero desempenhados nos espaços público e privado, embalado pelo feminismo e seu papel determinante na titularização de direitos às mulheres rumo à emancipação.