Que catedral é essa?
A gótica, que se ergue para alcançar o infinito e incute o medo, ou o temor de Deus, do invisível sempre presente e ausente, no vai e vem dialético da vida-morte, morte-vida...
A barroca, cheia de luzes douradas, anjinhos, imagens, capelas cheias de vida cintilante, onde a morte se esconde atrás dos panos, atrás dos altares, atrás dos mistérios da vida e da morte, esconde-se Lúcifer!...
A moderna, transparente, janelas claras, raios do sol, onde nada se esconde e nada é escondido, vida aberta e morte aberta.
A Catedral de Paulo Sergio é tudo isso: a Gótica, a Barroca, a Moderna, na sua infinita vai e vem de medo e alegria, de noite e dia, de vida e morte... Dois movimentos como verso e anverso, como realidade vista no seu espelho.
É essa a obra de Paulo Sergio.
Que Deus o abençoe por ter escrito essa Peça.
Petrus Maria Vlasman
(Frei Guido)