Catarina Ramona carrega consigo um fardo invisível, mas insuportável, que a transforma numa sombra solitária a vaguear pelos corredores silenciosos da fazenda. Com apenas seis anos, a menina já possui uma aura enigmática que não condiz com a sua tenra idade. Os seus olhos azuis, tão profundos quanto o mar revolto, escondem mistérios que desafiam qualquer tentativa de compreensão. Esses mesmos olhos, que num instante transparecem doçura e inocência, no momento seguinte carregam um brilho perturbador, como se guardassem segredos, que os adultos ao seu redor jamais ousariam conceber.