Ambos enxergam a vida através de temperamentos próximos de suas paixões – a sensibilidade e o sentimentalismo da artista plástica e a curiosidade analítica do matemático –, o que às vezes os distancia, embora em nenhum momento haja dúvida de que existe amor entre os dois.
Uma das obsessões e assunto de estudo de Philip, o cálculo das probabilidades, também ajuda a conduzir a história: quais as chances de duas pessoas se conhecerem em um país estrangeiro e começarem ali uma vida em conjunto? Qual a probabilidade de o amor durar até o fim da vida?
O romance também aborda constantemente a questão dos segredos que os amantes mantêm entre si, o quanto se revela e o quanto se esconde para preservar o amor. Os temas centrais do livro são o tempo e a memória, ilustrados no trecho:
"Imaginem uma xícara de chá se espatifando no chão (...). Se vocês tivessem filmado isso, poderiam passar o filme de trás pra frente e ver todos os pedaços surgindo e se juntando de novo. (...) Essa desordem ou entropia dentro de um sistema fechado sempre aumenta com o tempo. Em outras palavras, deixado por sua própria conta, tudo decairá. (...) O aumento da desordem ou entropia com o tempo é um exemplo do que é chamado de a seta da vida. A seta da vida distingue o passado do futuro", diz Philip.
Casei com você para ser feliz recupera a trajetória de uma vida, e a anatomia de um casamento.