Nesta obra magistral, ao mesmo tempo erudita e de fácil leitura, explica-se de maneira laica e objetiva porque um indivíduo de sabedoria deveria casar-se e porque o Estado deve legislar atentamente sobre a instituição do casamento, seja ela no modelo monogâmico ou poligâmico. Assim, em uma leitura fluida e instigante, provavelmente deverá transformar a maneira do leitor pensar sobre o casamento.
O livro é fruto de longas pesquisas e extensas reflexões do autor, na busca de responder: por que o ser humano simplesmente não acasala aleatoriamente como todos os demais animais? Por que todos os povos estabelecidos, em todos os momentos históricos, todas as culturas e civilizações desenvolvidas, algumas que nunca tiveram contato entre si, sempre institucionalizaram o casamento, seja de forma sacralizada ou jurídica? E por que, no decorrer dos séculos, ocorreu mais ou menos da mesma maneira: entre homem e mulher(es), entre duas pessoas de cada vez, vitalício, com consentimento mútuo e apoio à maternidade?
A resposta passa por questões históricas, antropológicas, sobre hierarquias sociais, sobre arquétipos, mas, fundamentalmente, versa sobre a natureza humana, esta tão escamoteada e velada atualmente que todas as explicações precisam ser necessariamente polidas e moderadas, com o resultado de enquadrar a vastidão do comportamento da humanidade na mera ideia de que tudo é fruto de condicionamento social, o que normalmente não corresponde à realidade dos fatos.