É possível salvar a vida de alguém que está morto?
Mochila quase vazia, passagem comprada e um longo itinerário pela frente. Os planos
levariam Esdras de sua cidade até um destino marítimo, mas uma notícia inesperada o
encaminha para uma missão que pode mudar seu futuro.
Entre culpas tardias e lembranças perdidas, Esdras é desafiado a dedicar-se a entregar
as cartas de despedida de Lélio, um remoto amigo de infância, sem se preocupar em
entender o que faz. Buscando por destinatários desconhecidos e sem ter para quem ou
para onde voltar, ele terá a oportunidade de compreender que estar à margem do
mundo é uma consequência e não uma escolha.
De Tom Jobim a Billy Joel, a música se faz elemento importante nas andanças do
protagonista, instigando o leitor a buscar pelas canções enquanto o acompanha nessa
aventura.
Cartas para o invisível aborda a representatividade e debate questões importantes,
mas que ainda são consideradas tabus. Enquanto pessoa LGBTQIAP+, que já passou
pelos percalços da depressão, o autor Lincoln Aramaiko nos convida a refletir, com
delicadeza e doçura, sobre os transtornos da mente e como eles afetam as relações
humanas, partindo de temas sensíveis como depressão e suicídio.