Eu sei que é comum encontrar papéis amassados nas gavetas de autores – rasuras de textos que nunca viram a luz do dia, notas fiscais que um dia foram importantes, panfletos de supermercados e manuais nunca abertos – e eu mantenho isso em mente enquanto xereto as gavetas do tio Thomas, em busca de uma caneta.
Eu também sei que não é nada comum encontrar um bolo de cartas de amor trocadas entre um Poeta Azul e uma Ametista cuidadosamente embrulhados em jornal, como se para deter as ações cruéis do tempo, no fundo de gavetas – nem mesmo nas gavetas de autores renomados.
Sinopse escrita por Beatriz Ruiz Rosa