Carta (à) Margem é o segundo livro de poemas do poeta César William, no qual o autor insere o seu primeiro livro, O Errante (1988), e acrescenta outras produções de várias fases de sua militância poética. Logo em sua estreia, o escritor Carlos Cunha, ao prefaciar a obra do então muito jovem autor, é surpreendido com sua originalidade: "há muito tempo não tínhamos contato com poemas tão originais como os de César William, um jovem poeta que se apresenta nos meios culturais com uma promessa das mais brilhantes".
Assis Brasil, na obra A Poesia Maranhense no Século XX, descreve o livro de estreia do autor como "poemas de linguagem e métricas livres, como tem acontecido com a poesia pós-modernista, temas contundentes ou líricos da atualidade, César William de vez em quando presta tributo à rima, essa linguagem indefectível da tradição lúdica ou sentimental".
Para Salgado Maranhão, no prefácio desta Carta (à) Margem, "…o livro agrega poemas de várias fases da sua produção poética, CW aperfeiçoa sua lírica com grande rigor da forma, mas, sem desidratar o texto, sem levar o poema de seu pathos inaugural. Assim, sua tecelagem de palavras carrega, do começo ao fim da obra, uma impressão estilística reconhecível" e encerra afirmando: "Diante do que se produz hoje na poesia maranhense – e mesmo em termos de Brasil -, o livro CARTA (À) MARGEM, do poeta César William, é vivamente representativo das diferentes matizes da poesia brasileira deste momento."