Os trabalhos demonstram que as práticas dos capoeiras não são singulares, atravessando grupos sociais diversos, revelando a sociedade brasileira. Talvez isso tenha capacitado os capoeiras, ou alguns capoeiras, a se tornarem capoeiristas, a lutarem contra as ações repressivas sustentadas pelo artigo 402 do código criminal de 1890 e transformarem a capoeira em luta marcial, esporte e educação física. Os representantes de diversos grupos sociais, praticantes da capoeira, se reuniram novamente. Já não era mais Camisa Preta, Manduca da Praia, Antonio Boca de Porco e Nascimento o Grande. A reunião objetivou colocar a capoeira entre as lutas internacionais,sendo ela a única nacional, construída no Brasil; essas foram as alegações dos principais protagonistas. Surgiram mestre Zuma, mestre Bimba, mestre Sinhozinho, mestre Pastinha, novas abordagens, novas fontes, novos objetos para um mundo dos capoeiristas que (re)inventavam uma tradição.