Esta obra busca resgatar a memória das grandes Nações Tupi-Guarani e dos povos Africanos, que vieram ao Brasil como prisioneiros e escravos, mas que em suas terras eram príncipes, princesas, reis e rainhas. O livro argumenta que a capoeira é uma arte genuinamente brasileira, com uma origem que antecede a chegada dos africanos. Escrito por Grão Mestre Santana, o livro detalha a história afro-indígena brasileira, explorando a origem da luta maraná dos índios potiguaras e sua evolução para a capoeira, que se tornou um método de libertação para os povos oprimidos. O livro aborda o propósito da capoeira como uma ferramenta para combater a opressão, descrevendo-a como a própria liberdade em movimento . Além de descrever a origem da capoeira, a obra explora sua estilização, bem como os mitos, lendas e verdades que a cercam. O texto contextualiza a capoeira como uma revolução que uniu dois povos em busca da liberdade, mostrando como ela se manifesta como dança, jogo e luta, capaz de libertar o praticante do preconceito. O livro também detalha a repressão sofrida pela capoeira ao longo da história, desde o período colonial até a República, e os esforços contemporâneos que a dignificaram, como seu reconhecimento como desporto de criação nacional e sua presença em mais de 180 países.