Trovas, entre outras razões, pela sua beleza e brevidade; pelo desafio de dizer coisas grandiosas sendo conciso, algo que sempre me fascinou. Poesia a toda prova, era a outra nuance do compromisso abraçado quando da pretensão de encher o meu cântaro de cantares. Além da preocupação com as regras básicas que compõem a estrutura da modalidade poética, tais como, esquema de rimas, contagem silábica e outras que caracterizam uma boa trova, ocupei-me com maior empenho em brincar com as palavras e pincelar cada estrofe com o lirismo essencial que diferencia a poesia dos demais gêneros literários. Tudo foi feito com muito esmero, dedicação, amor à arte, respeito aos leitores e à poesia em si. O título, 'Cantares Lacônicos', por razões óbvias, dispensa maiores comentários, exceto o de que o elegi a cereja do bolo. No mais, o livro é um buquê de trovas de fragrâncias e essências diversas: doces, ácidas, românticas, filosóficas, despretensiosas… sobretudo, líricas. Que sejam, portanto, esquadrinhados os seus labirintos; que tenha esmiuçado cada vocábulo; fuçado cada recanto. Em meio às sutilezas, há sempre um encanto a mais escondido nas entrelinhas. Que você, leitor, o encontre. Que saia da experiência mais leve e elevado. Que se deixe levar.