O câncer é ainda percebido como uma doença fatal e sentido como uma condenação e/ou como um castigo. Diante do diagnóstico, a pessoa se sente tomada por um turbilhão de emoções e de pensamentos – medos, dúvidas, ressentimentos, desesperança, perplexidade etc. A autora procura mostrar alguns recursos disponíveis para o enfrentamento da doença através da participação ativa e responsável da pessoa com câncer. Esses recursos vão dos tratamentos convencionais – a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e a imunoterapia – às abordagens corpo-mente – o relaxamento, a meditação e as imagens guiadas – estendendo-se, também, à Medicina Chinesa, à Medicina Antroposófica, à Homeopatia, à Nutrição e à Psicoterapia. A autora delineia a participação dos aspectos mentais, emocionais e espirituais, além dos físicos, tanto no desenvolvimento da doença como em seu tratamento e em sua cura, mostrando as possíveis interações desses diferentes aspectos no ser humano. Nessa nova visão, o câncer se apresenta, portanto, como uma doença multifatorial, que demanda uma abordagem integrativa e transdisciplinar, combinando, de forma racional e individualizada, diferentes recursos.
O objetivo é ajudar a pessoa com câncer a se reorganizar, a compreender o seu adoecimento e a realizar as mudanças necessárias em si mesma e em sua vida no processo de recuperação e de cura. Desse modo, o câncer deixa de ser uma condenação e se transforma em um caminho de crescimento e de evolução da pessoa, gerando mudanças significativas em sua maneira de ser consigo mesma e com os outros, em direção a uma vida mais gratificante, plena e harmoniosa. Isso é possível.