Cidade do Rio de Janeiro. Ano de 1819. Houve uma proposta bem mais séria na criação desta história de época. Por meio de um enredo fictício, comovente e divertido, o leitor é levado a um passeio pela cidade percorrendo antigas ruas e logradouros, através de sua geografia e sua história, que vai desde a realeza até o mercado de escravos do Valongo. Acompanha a cultura e sociedade da época vivenciada pelos personagens, divertindo-se com fatos pitorescos, principalmente referentes à Real Família – sua fuga de Lisboa, os transtornos da viagem e a chegada ao Brasil, bem como os comentários curiosos e engraçados sobre a vida dos quatro personagens da Família. A história é criada interagindo com a história da cidade e com esses personagens. Um inédito mapa do início do século XIX desde o largo do Paço até o palácio da Quinta pode servir de consulta durante a leitura. Pelo conteúdo informativo do livro, podemos considerá-lo uma obra histórica e paradidática. A trama Luísa, Pedro e o pequeno Miguel são órfãos de um abrigo. Luísa, por circunstâncias adversas, se vê obrigada a sequestrar um bebê e os três voltam a viver nas ruas, com o bebê disfarçado. A Marquesa é uma jovem e rica viúva, mãe do bebê. O Barão é seu braço direito. Dedicado, mas mau-caráter, que planejara dar sumiço no bebê para tornar a Marquesa vulnerável e apropriar-se de sua fortuna. O gordo Bóris é o mordomo do casarão, e comparsa do Barão. Joca é um rapazote vadio. É contratado para encontrar o bebê. Com seus dois amigos, vagabundeiam pela cidade divertindo o leitor. O velho Menelau é um misto de fidalgo e mendigo que surgiu no caminho de Luísa. Por intermédio dele, Luísa conhece a escrava do Valongo, local que passa a frequentar para que ela amamente o bebê. E por aí segue a aventura conturbada dos órfãos, entremeada de momentos de tensão, e de emoção, num Rio de Janeiro dos tempos de D. João. Com 13 ilustrações, 17 vinhetas e 1 mapa.