Dois torrões de açúcar, por favor! Em nosso acelerado cotidiano, nada melhor do que sentar-se confortavelmente no horário mais adequado para si e tomar uma deliciosa xícara de café. Quando faço referência à "xícara de café", não estou meramente discursando sobre o ato ou efeito de consumir grão do cafeeiro, torrado, triturado e diluído, normalmente, em água quente. Mas sim, personificando, no café, todo instante que lhe cause bem estar, conforto, aconchego, calmaria... E é justamente nesses momentos que foi inspirado o livro. Poesia, assim como o aroma atenuante do café, é algo singelo, uno, provido de todo um ritual característico de preparo que atiça e aguça os sentidos do homem, preenchendo com propriedade os nossos dias, acalentando o estado de espírito, renovando as energias e nutrindo a mente. Afinal, 'poemas e cafés' não podem ser singularmente 'lidos e bebidos', devem ser interpretados pelo íntimo do coração. Adoçante?