O ser humano é dado a coleções. Objetos, imagens, experiências, memórias. Neste caderno, Jazmina Barrera coleciona faróis — os reais, os da literatura, os da música, os que idealiza.
E neste mesmo Caderno de faróis, sua paixão de colecionadora "fervorosa, porém domesticada" se transforma em canhões de luz camuflados de ensaios, crônicas e relatos de viagens. Canhões que iluminam e auxiliam no resgate de memórias históricas e pessoais, dão foco à nostalgia e indicam um caminho aos viajantes, por terra, pelos mares e para o que está no âmago do ser.
Dos Estados Unidos à Espanha, de Homero a Virginia Woolf, os faróis visitados — colecionados — por Jazmina em seu caderno são como marcos de uma experiência intimista de busca, descobertas e (auto)conhecimento, experiência esta que transcende as páginas para alcançar quem as lê na calmaria da terra firme ou na tormenta dos mares revoltos da vida.