Cacilda Becker, a renomada atriz, era conhecida por ser apolítica e apartidária, ou seja, ela não tinha interesse em se envolver com a política partidária e não se filiava a nenhum partido político. Sua paixão era a arte, o teatro e o palco, e ela costumava dizer que no teatro não havia ideologia, apenas o ideal de criar obras de qualidade. No entanto, mesmo sem se interessar pelos debates políticos, Cacilda teve que tomar decisões políticas importantes durante a década de 1960, quando ocupava uma posição de liderança na classe artística, em um momento difícil da história do Brasil. Como disse Aristóteles, o ser humano é um animal político e não é possível viver fora dos problemas que afetam a sociedade em geral. É importante destacar que o fato de uma pessoa ser apartidária não significa que ela não se importa com a política ou com a cidadania. Cacilda era uma pessoa que não se identificava com as posições políticas partidárias, mas isso não a impedia de se preocupar com os problemas da sociedade e de tomar atitudes políticas quando necessário. Infelizmente, muitos artistas que eram declaradamente de esquerda não gostavam de Cacilda por causa de sua posição apartidária e, talvez, por inveja de sua grande habilidade como atriz. No entanto, sua liderança foi fundamental durante momentos cruciais, como durante a intervenção militar em 1968/1969, quando lutou em defesa da classe artística. Este livro aborda não apenas a posição de Cacilda na política, mas também sua vida pessoal, incluindo seus relacionamentos com maridos e filhos. Espero que aproveitem a leitura!