Este livro discute sobre a caboclagem como proposta de articulação rizomática e decolonial dos processos de subjetivações que constituem a estigmatização do caboclo, o qual, desde sua nomeação, foi subsumido aos parâmetros de exploração colonial econômica no Norte do Brasil e, extensivamente, em outras regiões dos sertões brasileiros, sob égide de uma estética racial civilizatório-moderna e de matriz eurocêntrica. Neste livro, evidencia-se como contradiscurso as articulações de atores do campo social que se percebem como caboclos, especialmente a etnopoética de Patativa do Assaré que se caracteriza como agenciamento decolonial, político e revolucionário do sertão nordestino em combate às forças hegemônicas à colonialidade do poder, do saber e do ser.