A radioterapia pode ser empregada de forma curativa ou paliativa. Tem sido demonstrado que o sucesso ou o fracasso do tratamento com radiação ionizante depende da dose absorvida no tumor; é recomendado que em braquiterapia essa dose administrada deve estar dentro de 15% [American Association of Physcists in Medicine, AAPM-TG40, 1994] da dose prescrita no tumor de modo a assegurar um controle do tumor e evitar complicações nos tecidos normais e/ou órgãos de riscos. Braquiterapia é o método de tratamento onde fontes radioativas seladas são usadas para transmitir radiação ionizante a uma curta distância. Esse modo de terapia tem como principal característica a alta dose de radiação liberada diretamente no tumor, com uma rápida queda de dose ao redor, a poucos centímetros do tecido tumoral [ICRU 38, 1985]; portanto, quando se deseja irradiar um volume tumoral adjacente a órgãos de riscos, pode-se utilizar essa forma de tratamento. Em braquiterapia, as fontes podem ser aplicadas intracavitariamente a qual consiste na inserção de aplicadores colocados dentro de uma cavidade do corpo; intersticialmente, quando as fontes são colocadas nos tecidos através de agulhas, fios ou cateteres como no caso de implantes no tumor, intraluminalmente onde cateter ou aplicador segue a luz do canal e superficiais onde se utiliza moldes para colocar os cateteres.