Verdade seja dita: a escolha é sempre deles. A liberdade sexual e o "empoderamento" feminino nos colocou direitinho em prateleiras e vitrines, prontas para sermos escolhidas e utilizadas. Não nos ensinaram a escolher, mas a esperar sermos escolhidas pelo príncipe encantado. No entanto, o príncipe não existe e o encanto se desfez há muito tempo. Com raízes na história colonial, o machismo brasileiro chega com traços de um grande atraso cultural que perpassa as mais variadas camadas sociais. As brasileiras, de tão diminuídas por séculos, buscaram (e buscam) se desenvolver academicamente, emocionalmente e espiritualmente, para que a independência venha. Essa independência chegou para muitas, mas o desnível do sexo oposto não acompanhou. Estamos vivendo uma crise nos relacionamentos heteroafetivos e, cada vez mais, as mulheres preferem ficar solteiras, desconstruindo o ideal de felicidade baseado em um casamento. Em uma sociedade que insiste em nos diminuir, um homem incrível atrai muitas mulheres, mas uma mulher incrível é capaz de repelir muitos homens. A conta não fecha, e a sugestão de Boy Sober é: vamos ficar solteiras por um tempo e fortalecer outros vínculos importantes, tais como as amizades, para ver o que a vida tem a oferecer além de um macho.