Box inédito reúne três grandes romances de Alice Walker, incluindo sua obra-prima, A cor púrpura, vencedor do Pulitzer e do American Book Award, adaptado pela segunda vez para o cinema.

Este box apresenta três momentos da produção de Alice Walker uma das mais importantes escritoras da atualidade: A cor púrpura, O templo dos meus familiares e O segredo da alegria.

Em A cor púrpura, ambientado no Sul dos Estados Unidos, entre os anos 1900 e 1940, conhecemos a história de Celie, mulher negra, pobre e semianalfabeta. Brutalizada desde a infância, a jovem foi estuprada pelo padrasto e forçada a se casar com Albert, um viúvo violento, pai de quatro filhos, que enxergava a esposa como uma serviçal e fazia dos sofrimentos físicos e morais sua rotina. O romance, escrito em forma de cartas, recebeu o Pulitzer e o American Book Award e inspirou a obra-prima cinematográfica homônima dirigida por Steven Spielberg e o aclamado musical da Broadway, adaptado para o cinema em 2023.

O templo dos meus familiares, definido pela própria autora como "um romance dos últimos 500 mil anos", entrelaça o passado e o presente numa complexa tapeçaria de histórias, explorando, com traços do realismo mágico, os temas do colonialismo, da opressão e da recuperação espiritual.  Nessa história, conhecemos Lissie, uma mulher de muitas vidas; Zedé, uma professora latino-americana condenada por apoiar a revolução de seu país, mas que foge para São Francisco após dar à luz sua filha Carlotta; Arveyda, o grande músico com quem Carlotta tem uma forte conexão, por ambos serem imigrantes; Suwelo, um historiador, e sua ex-esposa Fanny, que se apaixona por espíritos e está em busca da própria libertação. Orbitando esses personagens, estão as avós de Fanny: Celie e Shug, as amadas personagens de A cor púrpura.

Em O segredo da alegria, Alice Walker dá mais uma prova do poder da ficção em fascinar e revelar a todos nós um pouco do mistério da resistência e da felicidade frente a opressão e a angústia. Na obra, o desejo de honrar suas tradições faz com que Tashi – que surge inicialmente em A cor púrpura, representando o povo ficcional africano Olinka – busque a própria mutilação genital. A escolha corajosa, no entanto, revela o início de um doloroso processo físico e psíquico que irá envolver todos aqueles tocados por sua trajetória. Os caminhos tortuosos da mente de Tashi serão responsáveis por levar as personagens e seus leitores por uma batalha representativa até o mito de origem da opressão das mulheres.