01. Bordoadas do destino Ao amanhecer, torcido pela a dor... Ele segue a estrada seca; Levando na pele e na sina A cor negra da noite. Marcado pelos os açoites Das bordoadas do destino: Cabisbaixo... O velho caminha Sobre um velho burro cargueiro (Levando barris divididos...). Os dois velhos... Desprotegidos... São bons companheiros! E seguem - sozinho... Sozinho... - E a sombra desanimada Segue rente ao chão: Paralela ao burro E ao negro sem ilusão! A água está longe... No entanto, Mais próxima que a esperança De que um dia acabe a seca e a fome: Miséria do sertão. O velho esgotado, Sem recurso e prestigio, nos revela... Através de simples e profundo vestígio, Onde a sofrida feição nos expressa, Um silencioso hino... Por marcas inevitáveis... Das bordoadas do destino.