As ciências são filhas da Filosofia e netas da Poesia. E, nesta transmissão e conexão milenar,as ciências, que tudo separaram para análise, conhecimento e império, e que despedaçaram inclusive os corações esperançosos pelas conquistas dos preciosos tempos, já apertam forte, agora, as mãos dos primórdios de seus pensamentos filosóficos, em busca de uma nova profusão, aqui ainda dos antigos Rapsodos e dos lendários Aedos. Mas, a própria Filosofia, que deu à luz a sobriedade científica, socorre-se do sentimento intuitivo primeiro, desse que tudo sente e reunifica, embora a linguagem precisa seja, de novo e ainda, a da poesia.
O autor, que articula uma tentativa monista em determinada escrita poético-filosófica, necessita acessar um monismo que não traia qualquer das manifestações dualistas – essas, que pretende fazer dançarem e voarem de mãos dadas – e, assim, reunindo em palavras e sentimentos poéticos, as manifestações sóbrias da matéria, e as dionisíacas, do Espírito.