Bastardos - Os Filhos da Luz é uma história baseada em fatos, narrada pela própria escritora, sobre quando menina descobre ser adotada, de forma cruel e despreparada, aos cinco anos de idade. Seu pai amado, seu herói, é na verdade o seu padrasto. O sentimento de rejeição da família deste padrasto a acompanha por toda a infância e adolescência, onde desenvolve vários traços comportamentais positivos e negativos na busca pelo reconhecimento e aceitação. Na juventude, ao descobrir quem era seu pai biológico, de forma inusitada, desenvolve um vínculo fraternal afetivo, principalmente após a morte do padrasto. Iniciam-se as tentativas de aproximação, porém, a família do pai biológico não aceita conhecê-la, rejeitando a convivência. Passados vinte e um anos, seu pai biológico, acometido por uma complicação médica severa, decide formalizar o reconhecimento da paternidade, realizando assim o sonho de dessa menina, agora uma mulher, de sentir-se pertencente a essa família e prestigiar de todos os seus direitos de filha. Mas, após a realização do exame de DNA para comprovar que ela realmente era sua filha, acontece uma reviravolta.
Em um cenário de incertezas e desconfianças, perdas e lutos pela COVID, vida profissional desgastada, dívidas e falta de rede de apoio com os filhos, ela se entrega à depressão. Quando as patologias psicossomáticas emocionais e físicas afloram, afetando também seu esposo e filhos, ela decide pela jornada de autoconhecimento e autocura, através do experimento e relato de diversas filosofias e terapias. Uma vez vencida esta fase desafiadora, mesmo sem saber ainda de sua real origem materna ou paterna, ela consegue enxergar na dor e no voluntariado a sua força, e escolhe escrever sobre esta dor, essa vergonha velada em sua vida: "ser filha bastarda", nascida fora do casamento. Ela agora deseja profundamente que esta obra seja para os pais adotivos e familiares um guia de reconciliação e convivialidade e, para os filhos e filhas que passam pelo mesmo desafios de serem aceitos, uma força impulsionadora de cicatrização de suas feridas emocionais, conhecimento dos seus direitos, evolução, protagonismo e o verdadeiro encontro com o seu auto pertencimento.