Depois de algumas semanas de intenso calor deslocados bem no meio daquilo que seria o inverno, descobre-se que as calotas polares derreteram. A grande onda com mais de trinta metros formada pelo evento varre as regiões litorâneas do planeta e soterra a Baía de Vitória. O clima muda dramaticamente, multiplicam-se os vendavais, as trombas d'água e a baía torna-se um viveiro de peixes, onde proliferam os tubarões. Inicia-se então a comovente epopéia dos sobreviventes que, ainda chorando seus mortos, precisam encontrar um novo modo de vida diante das novas condições. Nesse processo de reconstrução do Baixo Mundo, como passa a se chamar a baía, estruturam-se duas forças antagônicas: uma liderada pelo comandante Marcelo Oliveira, representante dos catraieiros e dos comerciantes do camelódromo formado na parte emersa da Terceira Ponte; outra pelo Capitão Gratz, homem de negócio que vê na situação uma oportunidade para enriquecer, instituindo o monopólio nas atividades comerciais na baía e lançando mão inclusive da pirataria para garantir seu poder. Mas essas duas forças precisam superar antigos ressentimentos e forjar uma aliança para proteger a baía conta a investida dos Abutres, invasores que, a bordo do antigo porta-aviões Ohio, uma poderosa máquina de guerra, tencionam saquear o Baixo Mundo e destruir tudo o que os sobreviventes conseguiram re-construir depois da tragédia.